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sábado, 17 de julho de 2010

Os Gemidos do Mundo


O mundo está doente, o pecado o enfermou. Ele está sofrendo dores, está gemendo  e sua esperança não encontra sequer um alívio até que Jesus volte. O pecado entrou no mundo e atingiu não apenas o homem, mas, também a natureza. Em vez de cuidar da natureza, o homem passou a depredá-la. Em vez de ser mordomo da criação, o homem tornou-se seu algoz. A doença que assola o mundo é aguda e crônica. Ela aflige sempre, sem pausa nem trégua. O mundo está sucumbindo e se contorcendo, gemendo e gritando, fazendo soar sua voz de lamento. As catástrofes naturais não são caprichos da natureza; são sinais de alerta. O apóstolo Paulo é enfático em nos informar que "toda criação geme  e suporta angústias até agora" (Rm 8.22). Essa grandiosa sinfonia de gemidos não é vista como o estertor da morte da criação, mas como as dores de parto que levam à sua restauração. Duas verdades devem ser aqui apontadas:
O Cativeiro da Criação
É importante observar as palavras que Paulo usa para descrever esse cativeiro da criação: sofrimento (Rm 8.18), vaidade (Rm 8.20), corrupção (Rm 8.32) e angústias (Rm 8.22).
...A expressão "cativeiro da corrupção" traz a idéia de um ciclo contínuo de nascimento, crescimento, morte e decomposição. Os sinais de morte estão presente na natureza. O que está presente não é a evolução do universo, mas sua decadência. Vale ressaltar que essa sujeição da criação é involuntária. A criação não é o agente da sua queda. Ela é a vítima e não ré. Ela não se submeteu; foi submetida. [...] A criação não pode redimir-se nem libertar a si mesma. [...]
"A criação geme e suporta angústia até agora" (Rm 8.22) [...] Nossos rios estão se tranformando em esgoto a céu aberto. Nosso ar está sendo poluído por toneladas de dióxido de carbono a cada minuto. Nossos campos estão se transformando em desertos e nossas fontes estão morrendo. Os animais do campo, os peixes do mar e as aves do céu estão gemendo.
A Expectativa da Criação
A redençao da criação está conectada com a glorificação dos filhos de Deus (RM 8.19,21). A criação foi amaldiçoada por causa do pecado do homem e será redimida do cativeiro da corrupção na glorificação dos salvos. Sua redenção do cativeiro não se dará antes nem à parte da glorificação dos salvos. Então, haverá liberdade em vez de escravidão, glória incorruptível em vez de decomposição. Se nó vamos participar da glória de Cristo, a criação participará da nossa glória.
"A criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus" (Rm 8.22). [...]
Os gemidos da criação não são de desespero, mas de esperança (Rm 8.22).  A criação não se contorce com os gemidos da morte, mas ela geme como uma mulher que está para dar à luz. Ela não geme por causa de um passado inglório, mas por causa de um futuro glorioso. Os gemidos da criação não são dores que carecem de sentido e de propósito, mas são dores inevitáveis no vislumbre de uma ordem nova. A escravidão da decadência dará lugar à liberdade da glória (Rm 8.21). Às dores do parto seguirão as alegrias do nascimento (Rm 8.22). O universo não será destruído, mas sim liberto, transformado e inundado da glória de Deus.

Pr. Hernandes Dias Lopes
Extraído do Jornal da Igreja Assembléia de Deus - Boas Novas - Ano 4 - Nº 45 - julho de 2010

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