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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Desabafar sem pecar



(Filipenses 4:6) - "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças."


Dinâmica:


Dê um balão vazio a cada participante da célula. Peça para eles(as) pensarem sobre seu dia e sobre tudo o que o(a) irritou, preocupou, chateou, ofendeu, etc. Peça para que, a cada lembrança ele(a) encha o balão de ar. Se as lembranças do dia não forem suficientes para encherem o balão, que pense nos dias anteriores e sopre toda sua ira, mágoa, dor... dentro do balão até estourar.Enquanto os participantes sopram seus balões, ministre e anime-os a colocar para fora tudo o que os oprime e sufoca. Quando todos tiverem estourado seus balões, pergunte qual foi a sensação. Pergunte se alguém quer falar, rapidamente, sobre alguma experiência ruim vivida por ele(a). Ouça com atenção e ore por eles.



Introdução:


A prática do desabafo é a arte de derramar a alma perante o Senhor, retirando de dentro e colocando para fora todo e qualquer melindre, mágoa, ressentimento, tristeza, queixume, inquietação, ansiedade, medo indignação desmedida, revolta e coisas assim. O desabafo bem feito provoca a interrupção de uma situação de intensa e contínua amargura.



O desabafo é tão saudável quanto o lazer. O excesso de ansiedade provocado pelo acúmulo de problemas, dificuldades, decepções, frustrações e sofrimento desmantela qualquer esquema de felicidade pessoal. A falta de desabafo faz mal à alma e ao corpo.



Desabafo Espiritual:


É o desabafo feito diante de Deus em oração. Davi quando se escondia de Saul numa caverna de En-Gedi, declara: "Ao Senhor ergo a minha voz e clamo, com a minha voz suplico ao Senhor. Derramo perante ele a minha queixa, à sua presença exponho a minha tribulação" (Sl 142.1-2).


Desabafo não é pecado - Não é de se estranhar a quantidade e a qualidade de coisas retiradas do coração na prática do desabafo. Quem desabafa precisa falar, precisa ficar solto, precisa ter liberdade. E não há mais liberdade do que na presença de Deus, porque com Ele não adianta máscaras, Ele nos conhece mais do que nós mesmos nos conhecemos. Reconhecer diante dEle que estamos feridos, magoados e tristes é abrir nossas feridas para que sejam curadas. É expor nossas dores diante de quem pode estancá-las.



O desabafo de Ana: 1 Samuel 1.1-28


O mais detalhado desabafo da Bíblia é o de Ana, mulher de Elcana e mãe do extraordinário profeta Samuel. Ela tinha uma tremenda desvantagem física, a incapacidade de conceber e engravidar, numa época em que não ter filhos era a coisa mais humilhante possível para a mulher casada. Para agravar sua situação, a outra esposa de Elcana (Penina) dava filhos e filhas ao seu marido. Todos os anos quando subiam à casa do Senhor para adorar, Penina se valia da esterilidade de Ana para provocar e irritar a rival. Ana, então, não comia e chorava muito, deixando seu marido preocupado sem saber o que fazer, porque a amava. Ana estava à beira de um desequilíbrio emocional de graves proporções, quando resolveu desabafar sua amargura com o Senhor. (I Samuel 1:10) - "Ela, pois, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente". Ana permaneceu a sós no templo e expôs a Deus o seu drama íntimo. Ela se demorou na oração, pôs para fora o excesso de ansiedade, suplicou a graça da concepção e fez votos ao Senhor. Só o fato de desabafar já desencadeou o processo de cura em Ana. Ela perdeu o semblante triste e voltou a comer normalmente. Uma esperança encheu sua alma, uma convicção de ter sido ouvida inundou seu coração - Poucas semanas depois, a ausência da menstrução deixou-a convencida de que Deus atendera sua súplica e lhe estava dando um filho. Ela alcançara o favor do Rei.

O resultado do desabafo de Ana não termina aí. Ela cumpriu seu voto. Assim que desmamou seu filho, o levou à casa do Senhor, o entregou ao sacerdote, como uma oferta das primícias ao Senhor. E o Senhor, em sua misericórdia e fidelidade, deu a ela mais cinco filhos. Samuel, motivo de orgulho para qualquer mãe, foi um dos mais famosos homens de Deus do Velho Testamento (Jr 15.1), foi líder do reavivamento que tirou a nação de Israel do estado moral deplorável deixado pela inescrupulosa liderança dos filhos de Eli.

O desabafo na presença de Deus nos faz crescer, amadurecer e renova nosso ânimo e nos fortalece.

A Bíblia relata muitos outros desabafos diante de Deus. E todos eles tocaram o coração de Deus.

Conclusão: Faça um círculo e peça que cada um se derrame diante de Deus, que faça conhecidos de Deus, todos os seus temores. Vá ministrando cura durante a oração.

Observação: Este texto foi extraído do Livro Práticas Devocionais - Autor: Elben M. Lenz Cesar, Editora: Ultimato. O texto foi adaptado para lição de célula. Você pode adquirir o livro nas melhores livrarias Evangélicas ou na Editora Ultimato.
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